Contrariamente ao que a maioria das pessoas pensa, o azeite, não é simplesmente azeite.
Existem azeites com características, independentemente da sua acidez ou da sua classificação (extra virgem, virgem e refinado), mais picantes, mais amargos, mais doces, mais aromáticos e ainda, mais perfumados.
A razão destas diferenças, tem a ver com a azeitona de que são feitos e, do micro-clima onde se desenvolvem. A importância desta forma de analisar as características do azeite, na cozinha, é tirar o maior partido do produto natural.
Os azeites do Norte, habitualmente, são azeites mais amargos e picantes, que devem ser utilizados na cozinha para saladas com sabores açucarados, sopas em que o azeite perfume a cru e ainda numa feijoada em que o sabor é adocicado e a importância do azeite ser picante e um pouco amargo, faz o contraste perfeito.
Os azeites do Ribatejo, normalmente, são azeites redondos e doces.
São excelentes para utilizar em sobremesas e em combinações com estas e ainda, para temperar confecções muito aciduladas.
Os azeites do Alentejo, são azeites frutados e com aroma fresco.
Devemos utilizá-los para temperos a cru de legumes, peixes cozidos e grelhados.
Nas confecções a quente, são óptimos para os assados, de borrego, caça e porco preto.
Concluindo, o azeite como gordura vegetal, e todos sabemos, sem
gordura não há sabor, é sem dúvida, na cozinha actual, “uma estrela”!